sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O Dia da Pátria também chamado Dia da Independência do Brasil

Ficheiro:187º desfile da Independência.jpg
Desfile pelo 187º aniversário da independência, Bahia
Dia da Pátria (também chamado Dia da Independência do Brasil ou Sete de Setembro) é um feriado nacional brasileiro celebrado no dia 7 de setembro de cada ano. A data comemora a Declaração de Independência do Brasil do Império Portuguêsno dia 7 de setembro de 1822.

Ficheiro:Independence of Brazil 1888.jpg
Príncipe Pedro declarando a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, conforme retratado na tela
 "Independência ou Morte" (1888) de 
Pedro Américo.
Em 1808, tropas francesas comandadas pelo imperador Napoleão Bonaparte invadiram Portugal 
como forma de retaliação ao país ibérico por sua recusa em participar do embargo comercial 
contra o Reino Unido. Fugindo da perseguição, a família real portuguesa transferiu a corte 
portuguesa de Lisboapara o Rio de Janeiro, então capital do Brasil Colônia. Em 1815, o príncipe 
regente D. João VI criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, elevando o Brasil à condição
 de reino subordinado a Portugal, aumentando as independências administrativas da colônia.
Em 1820, uma revolução política irrompeu em Portugal, forçando o retorno da família real. O herdeiro 
de D. João VI, o príncipe D. Pedro de Alcântara, permaneceu no Brasil. Em 1821, a Assembléia
 Legislativa portuguesa determinou que o Brasil retornasse à sua condição anterior de subordinação, 
assim como o retorno imediato do príncipe herdeiro do trono português. D. Pedro, influenciado pelo 
Senado da Câmara do Rio de Janeiro se recusou a retornar em 9 de janeiro de 1822, na data 
que ficaria conhecida como Dia do Fico.
Em 2 de setembro de 1822, um novo decreto com as exigências portuguesas chegou ao Rio 
de Janeiro, enquanto D. Pedro estava em viagem a São Paulo. Sua esposa, a princesa Maria 
Leopoldina, atuando como princesa regente, se encontrou com o Conselho de Ministros e decidiu
 enviar ao marido uma carta aconselhando-o a declarar a independência do Brasil. A carta chegou 
a D. Pedro no dia 7 de setembro. No mesmo dia, em cena famosa às margens do Riacho 
Ipiranga, ele declarou a independência do Brasil, pondo fim aos 322 anos do domínio colonial 
exercido por Portugal. De acordo com o pesquisador Laurentino Gomes, autor de livro sobre 
o evento, D. Pedro "não conseguiu esperar a chegada a São Paulo, onde poderia anunciar a decisão".
 Gomes acrescenta que ele "era um homem temerário em suas decisões mas tinha o perfil do
 líder que o Brasil precisava na época, pois não havia tempo para se pensar". Em 3 de junho de
 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou
 inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o 
Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento das relações com a corte de Lisboa e
 garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.
Um mês depois, em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de
 dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de Dom Pedro I. As províncias 
da Bahia, do Maranhão e do Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só 
reconheceram a independência em 1823, depois de muitos conflitos entre a população local 
e os soldados portugueses.No início de 1823, houve eleições para a Assembléia Constituinte
 que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do Império do Brasil, mas, em virtude de 
divergências com dom Pedro, a Assembléia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, 
então, elaborada pelo Conselho de Ministros e outorgada pelo imperador em 25 de março 
de 1824. Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente 
concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a 
assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por D. João VI.

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