Agência Brasil
(FOTO:www.brasil.gov.br)
Os novos prefeitos e vereadores, a
serem eleitos em outubro, irão enfrentar grandes desafios durante o
mandato para melhorar a qualidade de vida dos moradores de suas cidades.
Um dos maiores é o serviço de saneamento básico, problema comum à maior
parte dos municípios brasileiros.
Quase
a metade da população das 100 maiores cidades do Brasil ainda não conta
com a coleta de esgotos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira,
16, pelo Instituto Trata Brasil e referem-se a levantamento feito em
parceria com a empresa GO Associados.
O
Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (Oscip), que tem o objetivo de incentivar uma
mobilização nacional para que o país possa atingir a universalização do
acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Segundo
a pesquisa, diariamente, são despejados em torno de 8 bilhões de litros
de fezes, urina e outros dejetos nas águas dos córregos, dos rios e do
mar. E pouco mais de um terço ou 36,28% da coleta de esgoto passa por
tratamento.
Com
informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
Instituto Trata Brasil informou que nessas 100 cidades vivem 40% dos
habitantes do país ou 77 milhões de um total de 191 milhões de pessoas.
Mais de 31 milhões moram em lugares onde o esgoto corre a céu aberto.
Embora
esse volume seja expressivo, o nível de cobertura supera a média
nacional com a coleta existente em 59,1% dos 100 municípios ante 46,2%
quando se inclui as demais cidades brasileiras. Em 34 cidades, mais de
80% da população têm o esgoto coletado e entre estas cinco atendem todo o
município: Belo Horizonte (MG), Santos (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba
(SP) e Franca (SP).
A
pesquisa aponta que em 32 municípios, a coleta varia entre 0% a 40% e
em 34, de 41% a 80%. Quanto ao esgoto tratado foi verificado que em 40
cidades, este serviço não ultrapassa a 20% da coleta. Já o nível de
excelência ou acima de 81% só existe em seis localidades: Sorocaba (SP),
Niterói (RJ), São José do Rio Preto (SP), Jundiaí (SP), Curitiba (PR) e
Maringá (PR).
Em
outras nove, o índice supera os 70%: Ribeirão Preto (SP); Londrina (PR),
Uberlândia (MG), Montes Claros (MG), Santos (SP), Franca (SP), Salvador
(BA), Petropólis (RJ) e Ponta Grossa (PR).
Na
média, os 100 municípios destinaram 28% de sua receita em obras de
saneamento a maioria num total de 60 não chegou a utilizar 20% dos
recursos na ampliação dos serviços. E entre as oito cidades que
aplicaram mais de 80% da verba os destaque são : Ribeirão das Neves
(MG), Recife (PE), Teresina (PI), Praia Grande (SP) e Vitória (ES).
Em
relação à distribuição de água tratada, o serviço é oferecido por
90,94% das cidades, acima da média nacional (81,1%). Mas a pesquisa
mostra que ainda faltam melhorias porque em 11 cidades, o atendimento
está abaixo de 80% da população.
FONTE: http://noticias.cancaonova.com
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