sexta-feira, 24 de agosto de 2012

É NO MUNICÍPIO QUE A VIDA ACONTECE!

Eleições municipais. Mais uma oportunidade oferecida ao cidadão brasileiro que nasce, cresce e morre num determinado espaço geográfico, chamado município. Este, sim, é o espaço por excelência onde cada cidadão vive cada dia de sua existência. É no município que a vida acontece. É no município que o cidadão busca desenvolver a sua vida , forma a sua família, gera amizades, estuda, trabalha, diverte-se, sonha e realiza, e se eterniza. Daí a importância que têm as eleições municipais. É, sem dúvida, mais  uma oportunidade de que o cidadão dispõe para o  exercício de seu direito sagrado de escolher governantes para o município onde vive. Oportunidade de rara riqueza para uma análise responsável e urgente acerca da situação caótica em que se encontram a maioria dos nossos municípios. Nada, ou quase nada funciona nos municípios. São municípios sem saúde, sem educação, sem segurança, sem projetos, sem destino. O preço de tão graves omissões recai sempre sobre a cabeça dos mais pobres, os que mais necessitam de tão relevantes e insubstituíveis políticas públicas. A eles, as bolsas, em vez de educação, saúde e segurança, de qualidade e acessível a todos.


 A campanha está nas ruas. Os candidatos, salvo poucas e minguadas exceções, são os de sempre. Composições partidárias as mais esdruxulas! Não importa. O que interessa é que esses mesmos grupos mantenham-se no poder. Adotam os mesmos métodos de campanha, as mesmas promessas e muito barulho e nada de propostas concretas e viáveis. Tudo é feito para enganar e escamotear interesses escusos que ainda norteiam alguns grupos desses aproveitadores da boa fé de muitos cidadãos brasileiros, que alijados de seus direitos básicos,  se deixam enganar por falsas promessas e favores.  Os municípios estão carentes de homens e mulheres republicanos, com capacidades técnica, gerencial e política para governar o município para todos, e não apenas para os seus ligados ao velhos grupos, que se beneficiam do governante ou legislador para alcançar, proteger ou perpetuar  seus interesses particulares. Os municípios estão ávidos por governantes abertos ao diálogo permanente com a sociedade civil e organizações empresariais. Daí nasce a grande responsabilidade de cada cidadão e eleitor. O momento exige que se escolham cidadãos dignos, probos e capazes de administrar o bem comum e de  cuidar com zelo da coisa pública. Escolher cidadãos dignos e probos para  legislar, capazes de criar leis justas e condizentes com a moral e com os bons costumes vigentes. Com certeza, esse momento exige de todos, eleitores e candidatos, sabedoria e prudência. É momento também para concertar rumos, erros e equívocos trazidos das últimas eleições. Repetir os mesmos erros é faltar com a responsabilidade pública para com o município em que vivemos. Assim agindo estarão contribuindo para a qualificação da eleição, além de contribuir com uma adequada participação na tarefa de edificar uma sociedade mais solidária.


Os partidos políticos têm a função de favorecer a participação e o acesso de todos nas responsabilidades públicas. Isso requer um esforço dos eleitores para conhecer os candidatos  para não votar de maneira inconsequente. Nunca é demais lembrar que “não basta recordar os princípios, afirmar as intenções, fazer notar as injustiças gritantes e proferir denúncias proféticas; essas palavras ficarão sem efeito real, se elas não forem acompanhadas, para cada um em particular, de uma tomada de consciência mais viva da sua própria responsabilidade e de uma ação efetiva. A política é uma maneira exigente – se bem que não seja a única – de viver o compromisso cristão, ao serviço dos outros” (Cf, AO,48,46). Então, urge que cada cidadão olhe para o seu município. Analise a vida e os propósitos dos candidatos. Confronte com a realidade da saúde, da educação e segurança pública que lhe é oferecida. Então,... decida.
Diác. Francisco Teixeira,
Assessor Jurídico da Arquidiocese de Natal

Fonte: Jornal A Ordem

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