Muitos procuram explicar quem é Jesus. Os discípulos estão na barca em
direção à outra margem. O dia está para terminar. “Passar para a outra
margem” do lago Genesaré significa ir a outros povos (pagãos) para levar a
eles a força da semente. Ser comunidade cristã é estar a caminho, e este
é, muitas vezes, penoso e assustador.
direção à outra margem. O dia está para terminar. “Passar para a outra
margem” do lago Genesaré significa ir a outros povos (pagãos) para levar a
eles a força da semente. Ser comunidade cristã é estar a caminho, e este
é, muitas vezes, penoso e assustador.
Jesus participa da travessia cheia de perigos e conflitos, mas tem-se a impressão
de que Ele, ao dar a ordem de passar para o outro lado, toma a iniciativa e precede
os discípulos no embarque. O evangelista recorda que "havia outras barcas para
ele", sinal de que não só a comunidade dos primeiros discípulos, mas as de todos
os tempos e lugares são convocadas a atravessar.
de que Ele, ao dar a ordem de passar para o outro lado, toma a iniciativa e precede
os discípulos no embarque. O evangelista recorda que "havia outras barcas para
ele", sinal de que não só a comunidade dos primeiros discípulos, mas as de todos
os tempos e lugares são convocadas a atravessar.
A travessia é difícil e perigosa. Levanta-se um furacão no mar da Galileia, o
qual sintetiza as forças geradoras do mal e hostis ao projeto de Deus. A cena toda
possui caráter simbólico e catequético, ajudando a buscar, descobrir e superar
todos os conflitos que emperram ou tentam sufocar o projeto de vida e liberdade,
herança deixada por Jesus aos cristãos.
Em meio aos conflitos, as comunidades têm a sensação de que Jesus
está alheio aos dramas e tempestades que as ameaçam. Ele está na
parte de trás da barca e dorme sobre um travesseiro. Aos discípulos cabe
a tarefa de remar, enfrentando o furacão. Daí a pergunta um tanto irônica dos
discípulos: “Mestre, não te importas se vamos perecer?”
É um pouco a sensação dos que não acreditam, fortemente, na força que levam
consigo no barco. De fato, as ordens de Jesus ao vento e ao mar: “Silêncio!
Cale-se! E a consequente bonança obtida revelam quem Ele é.
Aplacar o mar e amansar suas ondas é, segundo o Antigo Testamento, prerrogativa
exclusiva do Senhor. Em Jesus age Deus. Cristo tem o mesmo poder do
Pai de reduzir ao silêncio e ao nada o que impede às comunidades cristãs a realização
do projeto divino. Mais do que um Jesus taumaturgo, o Evangelho nos fala de Alguém
a quem os cristãos precisam aderir plenamente, como condição única para realizar
com sucesso a travessia. ”Por que são tão medrosos? Ainda não têm fé?”
Só os que, de fato, aderem plenamente ao Senhor é que poderão reconhecê-Lo
como Filho de Deus.
qual sintetiza as forças geradoras do mal e hostis ao projeto de Deus. A cena toda
possui caráter simbólico e catequético, ajudando a buscar, descobrir e superar
todos os conflitos que emperram ou tentam sufocar o projeto de vida e liberdade,
herança deixada por Jesus aos cristãos.
Em meio aos conflitos, as comunidades têm a sensação de que Jesus
está alheio aos dramas e tempestades que as ameaçam. Ele está na
parte de trás da barca e dorme sobre um travesseiro. Aos discípulos cabe
a tarefa de remar, enfrentando o furacão. Daí a pergunta um tanto irônica dos
discípulos: “Mestre, não te importas se vamos perecer?”
É um pouco a sensação dos que não acreditam, fortemente, na força que levam
consigo no barco. De fato, as ordens de Jesus ao vento e ao mar: “Silêncio!
Cale-se! E a consequente bonança obtida revelam quem Ele é.
Aplacar o mar e amansar suas ondas é, segundo o Antigo Testamento, prerrogativa
exclusiva do Senhor. Em Jesus age Deus. Cristo tem o mesmo poder do
Pai de reduzir ao silêncio e ao nada o que impede às comunidades cristãs a realização
do projeto divino. Mais do que um Jesus taumaturgo, o Evangelho nos fala de Alguém
a quem os cristãos precisam aderir plenamente, como condição única para realizar
com sucesso a travessia. ”Por que são tão medrosos? Ainda não têm fé?”
Só os que, de fato, aderem plenamente ao Senhor é que poderão reconhecê-Lo
como Filho de Deus.
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