Visita ao acampamento, na Chapada do Apodi
Foto: José Bezerra
A Igreja Católica do Rio Grande do Norte, representada pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; pelo Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana; e o Administrador Diocesano de Caicó, Pe. Ivanoff Pereira, além de padres e representantes das instituições que trabalham com a Agricultura Familiar e o homem do Campo, fizeram duas visitas, na quarta-feira, 4 de setembro. Pela manhã, a visita foi ao canteiro de obras da Barragem Oiticicas, no Distrito de Barra de Santana (Município de Jucurutu-RN), na região do Seridó, do Rio Grande do Norte; e, à tarde, ao Acampamento Edvan Pinto, na Chapada do Apodi (Município de Apodi-RN), região Oeste do Estado.
Barragem Oiticicas
No Distrito de Barra de Santana, além de conhecerem o canteiro de obras da barragem, os Bispos e Padres e representantes das instituições, se reuniram na Capela de Sant’Ana, da comunidade, para uma celebração da Palavra e pronunciamentos a respeito da obra e dos direitos das famílias. O Presidente da Coordenadoria de Defesa dos Direitos dos Moradores da Área da Barragem de Oiticicas (CODEPEME), Joaquim Gaspar Filho, reforçou a posição da comunidade, que não é contra a construção da barragem, mas exige respeito aos direitos constitucionais dos atingidos pela obra, justiça e diálogo com as instituições que representam as famílias da comunidade. “Barragem, sim; injustiça, não; direitos já”, disse Joaquim Gaspar, proclamando o lema da CODEPEME.
O Arcebispo de Natal, na pregação que fez durante a celebração da Palavra, disse que a presença da Igreja demonstra o apoio e zelo em favor da população. “Não temos nada contra a construção da barragem, que vai garantir água, mas estamos aqui para pedir o cumprimento da lei, para que se faça justiça nas indenizações, na relocação das famílias”. Padre Ivanoff Pereira, Dom Mariano, o jovem Augusto Carlos Diniz de Almeida (representante da juventude), Jorge Bias (presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jucurutu) e o Agricultor Francisco Neto se pronunciaram favoráveis à obra, mas exigiram o cumprimento dos direitos, clareza e transparência do governo na execução do Projeto.
O Promotor Público de Jucurutu, Fausto Faustino França Júnior, garantiu atender as demandas judiciais que lhe forem encaminhadas, com a agilidade que for possível. O Secretário de Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo, assegurou o atendimento aos pleitos das famílias, apresentados na Carta da CODEPEME entregue à governadora e lembrados na ocasião. Também assegurou que será feita a audiência pública solicitada, e que será na cidade de Jucurutu, no dia 11 de outubro, bem como a escolha da área para relocação das famílias em parceria com os moradores do lugar. Ele também disse que o governo vai atender ao pedido da comunidade de nomear o Promotor Francisco Sales para acompanhar os processos.
Acampamento
À tarde, a comitiva visitou o Acampamento “Edvan Pinto”, situado na Chapada do Apodi, com a presença de centenas de acampados. “O Acampamento está registrado no INCRA e já fizemos o cadastramento de 800”, afirmou o Superintendente do Instituto, Valmir Alves.
Os representantes da Igreja e das entidades que apóiam a causa dos acampados foram recebidos pelas famílias e as instituições que estão na luta com elas, entre as quais a Comissão Pastoral da Terra (CPT), os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Movimento dos Sem Terra, entre outros. Houve uma caminhada da entrada até o centro do acampamento, com as famílias conduzindo uma Cruz, que foi fincada na terra e em torno da qual aconteceram a celebração da Palavra e os pronunciamentos. Dom Jaime destacou a luta dos povos em defesa dos direitos e criticou o desencontro entre as instituições do governo federal. “As instituições trabalham isoladamente e uma não sabe o que a outra está fazendo”, disse o Arcebispo. E acrescentou: “É preciso entender que o desenvolvimento é necessário – antigamente se cultivava com capinadeira e hoje se cultiva a terra com máquinas mais avançadas – mas tem que se respeitar os direitos das pessoas”, disse. O Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, disse que “a agricultura familiar pode superar as muitas dificuldades da seca. Aqui, no Rio Grande do Norte, temos uma agricultura familiar com 20 ou 30 anos de experiência”.
(Veja o álbuns com as fotos das visitas, na página da Arquidiocese de Natal, no Facebook - https://www.facebook.com/arquidiocesenatal)
A Igreja Católica do Rio Grande do Norte, representada pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; pelo Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana; e o Administrador Diocesano de Caicó, Pe. Ivanoff Pereira, além de padres e representantes das instituições que trabalham com a Agricultura Familiar e o homem do Campo, fizeram duas visitas, na quarta-feira, 4 de setembro. Pela manhã, a visita foi ao canteiro de obras da Barragem Oiticicas, no Distrito de Barra de Santana (Município de Jucurutu-RN), na região do Seridó, do Rio Grande do Norte; e, à tarde, ao Acampamento Edvan Pinto, na Chapada do Apodi (Município de Apodi-RN), região Oeste do Estado.
Barragem Oiticicas
No Distrito de Barra de Santana, além de conhecerem o canteiro de obras da barragem, os Bispos e Padres e representantes das instituições, se reuniram na Capela de Sant’Ana, da comunidade, para uma celebração da Palavra e pronunciamentos a respeito da obra e dos direitos das famílias. O Presidente da Coordenadoria de Defesa dos Direitos dos Moradores da Área da Barragem de Oiticicas (CODEPEME), Joaquim Gaspar Filho, reforçou a posição da comunidade, que não é contra a construção da barragem, mas exige respeito aos direitos constitucionais dos atingidos pela obra, justiça e diálogo com as instituições que representam as famílias da comunidade. “Barragem, sim; injustiça, não; direitos já”, disse Joaquim Gaspar, proclamando o lema da CODEPEME.
O Arcebispo de Natal, na pregação que fez durante a celebração da Palavra, disse que a presença da Igreja demonstra o apoio e zelo em favor da população. “Não temos nada contra a construção da barragem, que vai garantir água, mas estamos aqui para pedir o cumprimento da lei, para que se faça justiça nas indenizações, na relocação das famílias”. Padre Ivanoff Pereira, Dom Mariano, o jovem Augusto Carlos Diniz de Almeida (representante da juventude), Jorge Bias (presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jucurutu) e o Agricultor Francisco Neto se pronunciaram favoráveis à obra, mas exigiram o cumprimento dos direitos, clareza e transparência do governo na execução do Projeto.
O Promotor Público de Jucurutu, Fausto Faustino França Júnior, garantiu atender as demandas judiciais que lhe forem encaminhadas, com a agilidade que for possível. O Secretário de Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo, assegurou o atendimento aos pleitos das famílias, apresentados na Carta da CODEPEME entregue à governadora e lembrados na ocasião. Também assegurou que será feita a audiência pública solicitada, e que será na cidade de Jucurutu, no dia 11 de outubro, bem como a escolha da área para relocação das famílias em parceria com os moradores do lugar. Ele também disse que o governo vai atender ao pedido da comunidade de nomear o Promotor Francisco Sales para acompanhar os processos.
O Arcebispo de Natal, na pregação que fez durante a celebração da Palavra, disse que a presença da Igreja demonstra o apoio e zelo em favor da população. “Não temos nada contra a construção da barragem, que vai garantir água, mas estamos aqui para pedir o cumprimento da lei, para que se faça justiça nas indenizações, na relocação das famílias”. Padre Ivanoff Pereira, Dom Mariano, o jovem Augusto Carlos Diniz de Almeida (representante da juventude), Jorge Bias (presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jucurutu) e o Agricultor Francisco Neto se pronunciaram favoráveis à obra, mas exigiram o cumprimento dos direitos, clareza e transparência do governo na execução do Projeto.
O Promotor Público de Jucurutu, Fausto Faustino França Júnior, garantiu atender as demandas judiciais que lhe forem encaminhadas, com a agilidade que for possível. O Secretário de Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo, assegurou o atendimento aos pleitos das famílias, apresentados na Carta da CODEPEME entregue à governadora e lembrados na ocasião. Também assegurou que será feita a audiência pública solicitada, e que será na cidade de Jucurutu, no dia 11 de outubro, bem como a escolha da área para relocação das famílias em parceria com os moradores do lugar. Ele também disse que o governo vai atender ao pedido da comunidade de nomear o Promotor Francisco Sales para acompanhar os processos.
Acampamento
À tarde, a comitiva visitou o Acampamento “Edvan Pinto”, situado na Chapada do Apodi, com a presença de centenas de acampados. “O Acampamento está registrado no INCRA e já fizemos o cadastramento de 800”, afirmou o Superintendente do Instituto, Valmir Alves.
Os representantes da Igreja e das entidades que apóiam a causa dos acampados foram recebidos pelas famílias e as instituições que estão na luta com elas, entre as quais a Comissão Pastoral da Terra (CPT), os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Movimento dos Sem Terra, entre outros. Houve uma caminhada da entrada até o centro do acampamento, com as famílias conduzindo uma Cruz, que foi fincada na terra e em torno da qual aconteceram a celebração da Palavra e os pronunciamentos. Dom Jaime destacou a luta dos povos em defesa dos direitos e criticou o desencontro entre as instituições do governo federal. “As instituições trabalham isoladamente e uma não sabe o que a outra está fazendo”, disse o Arcebispo. E acrescentou: “É preciso entender que o desenvolvimento é necessário – antigamente se cultivava com capinadeira e hoje se cultiva a terra com máquinas mais avançadas – mas tem que se respeitar os direitos das pessoas”, disse. O Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, disse que “a agricultura familiar pode superar as muitas dificuldades da seca. Aqui, no Rio Grande do Norte, temos uma agricultura familiar com 20 ou 30 anos de experiência”.
(Veja o álbuns com as fotos das visitas, na página da Arquidiocese de Natal, no Facebook - https://www.facebook.com/arquidiocesenatal)
Os representantes da Igreja e das entidades que apóiam a causa dos acampados foram recebidos pelas famílias e as instituições que estão na luta com elas, entre as quais a Comissão Pastoral da Terra (CPT), os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Movimento dos Sem Terra, entre outros. Houve uma caminhada da entrada até o centro do acampamento, com as famílias conduzindo uma Cruz, que foi fincada na terra e em torno da qual aconteceram a celebração da Palavra e os pronunciamentos. Dom Jaime destacou a luta dos povos em defesa dos direitos e criticou o desencontro entre as instituições do governo federal. “As instituições trabalham isoladamente e uma não sabe o que a outra está fazendo”, disse o Arcebispo. E acrescentou: “É preciso entender que o desenvolvimento é necessário – antigamente se cultivava com capinadeira e hoje se cultiva a terra com máquinas mais avançadas – mas tem que se respeitar os direitos das pessoas”, disse. O Bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, disse que “a agricultura familiar pode superar as muitas dificuldades da seca. Aqui, no Rio Grande do Norte, temos uma agricultura familiar com 20 ou 30 anos de experiência”.
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