quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dom Petrini reintera posição da CNBB sobre aborto de fetos anencéfalos



A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a legalização do aborto de
fetos com anencefalia fez parte das discussões da primeira coletiva de Imprensa
da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
nesta quarta-feira, 18. O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão
Episcopal para Vida e
Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, reiterou a posição da Igreja Católica
a favor da vida. “Mesmo após da decisão do STF, a Igreja continua
com o seu trabalho de conscientização e defesa dos princípios morais e éticos”,
acrescentou o bispo. Dom Petrini afirmou que ao defender o direito à vida dos
anencéfalos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano,
baseando-se em argumencitos teológicos éticos, científicos e jurídicos.
O bispo de Camaçari também mencionou que o STF decidiu pela
legalização do aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados
como mortos cerebrais. “Considerar este feto como ‘não pessoa’ é o mesmo
que destituí-lo do direito fundamental à vida e descartar um ser humano frágil e
indefeso”, acrescentou.O bispo ressaltou que a gestação de uma criança com
anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe, porém a
mulher que decidir levar adiante a gestação necessita de assistência de órgãos
de saúde. “Precisamos questionar se os profissionais de saúde que se recusarem
a fazer o aborto serão respeitados em sua liberdade de consciência. O STF não
pensou nas demandas que essa decisão pode acarretar”, concluiu.


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